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A Termometria Cutânea por Imagem Infravermelha é um método que capta o calor emitido pelo corpo por meio do registro de imagens coloridas de alta resolução da circulação cutânea que tem prestado grande auxílio diagnóstico na origem de dores crônicas, especialmente as de difícil identificação ou nos casos em que os tratamentos já realizados não ofereceram resultados satisfatórios.
Isso acontece devido à produção de calor corporal (ou termogênese) alterada em determinadas regiões e tecidos que indicam a presença de doenças.
O método, que ironicamente tem origem na tecnologia da guerra é neste caso utilizado em prol da saúde. Ele consiste de uma câmera especial que filtra os raios infravermelhos que o corpo emite e que são invisíveis a olho nu.
Em situações de dor ou processos inflamatórios as áreas afetadas apresentam alterações da temperatura que são captadas por uma câmera especial ultrasensível que converte as imagens coloridas em tempo real para uma tela de computador, a fim de serem analisadas pelo médico.
A avaliação do paciente por termometria busca determinar a origem da dor, a sua evolução e documentar precocemente se o tratamento está surtindo efeito ou não. O procedimento é completamente seguro, não invasivo, indolor e sem nenhum contato físico. Além disso, não emite nenhum tipo de radiação, podendo ser aplicado tanto em crianças quanto em gestantes sem a necessidade de contraste ou preparo especial. Isto é, não tem contra-indicação.
Embora não substitua exames como a tomografia, por exemplo, a termografia presta importante auxílio em casos de pacientes que apresentam dores difusas e de difícil diagnóstico.
Dentre algumas das enfermidades identificadas pelo exame estão as doenças inflamatórias relacionadas com as tendinites, bursites, artrites reumatóides, artroses e costocondrites, bem como as alterações neuropáticas relacionadas às radiculopatias por hérnias de disco, síndromes do túnel do carpo, síndrome do desfiladeiro torácico e ciáticas. Acrescentam-se ainda as alterações vasculares relacionadas com pé diabético e doença de Raynaud, além das dores músculo-esqueléticas como fibromialgia e a síndrome miofascial.
O exame já está disponível em alguns serviços especializados no Brasil como o Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
Por: Dr. Marcos Leal Brioschi
Pós-Doutorado em neurologia pela USP e integrante do corpo clínico do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital Nove de Julho.
Fonte: Site do Dr. Claudio Correa
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