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Termografia identifica a natureza da dor em mais de 90% dos casos de lombalgia.Thermography diagnosis more than 90% of back pain.

cdn |21 jan, 2013

Termografia identifica a natureza da dor em mais de 90% dos casos de lombalgia.Thermography diagnosis more than 90% of back pain. | InfraRedMed

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A dor lombar afeta cerca de 80% da população adulta ao redor do mundo. Ela é a 2ª maior causa de consultas médicas, ficando atrás apenas das gripes. Os prejuízos são muitos. Atividades rotineiras são prejudicadas, sua energia fica limitada, te deixando cansado, desanimado e até depressivo. A maioria destas pessoas pode manter suas atividades habituais, mas as cumprirão com períodos de desconforto ou dor. Cerca de 30% desse grupo faltará ao trabalho devido à lombalgia.

Cerca de 3 em cada 4 adultos vão ter dor nas costas durante sua vida esses números podem subir, devido o aumento do número de idosos. O risco de recorrência é de cerca de 60% no mesmo ano ou, no máximo, em 2 anos.

Lombalgia não é um diagnóstico!! Dor é um sintoma e há muitas causas diferentes para o desenvolvimento das dores lombares: cerca de 90% dos pacientes com dorsalgia desenvolvem dor decorrente de uso excessivo das estruturas dorsais (resultando em entorses e distensões), da deformidade da estrutura anatômica normal ou de trauma; os outros 10% dos adultos apresentam dorsalgia atribuível a uma doença sistêmica. Mais de 70 dessas doenças foram identificadas. Sendo assim, o tratamento para a lombalgia não pode ser o mesmo em todas as situações! As dores lombares devem ser investigadas caso a caso, e o tratamento deve ser individualizado.

O tipo mais conhecido de lombalgia é a de origem mecânica-degenerativa, caracterizada por distúrbio e/ou alteração funcional, sendo que a dor por um problema mecânico é causada pelo encurtamento dos músculos posteriores, ou seja, os músculos da região lombar, músculos posteriores da coxa e os músculos da perna. O tratamento cirúrgico está indicado apenas em 10% dos casos quando a crise não passa entre 3 a 6 semanas, em pacientes que têm crises repetidas em um curto espaço de tempo ou quando existem alterações esfincterianas (perda de controle para urinar e defecar).

Entretanto, o primeiro passo para aliviar a dor não é tratar músculos ou articulações. Mas sim identificar a causa que gerou a dor lombar. É preciso referir que existem inúmeros casos em que os exames clínicos e as radiografias não conseguem identificar a natureza da dor, já que esta pode aparecer de maneira inconstante e com uma localização difusa ou variável. Nestes casos, pensa-se que a dor é provocada, sobretudo, por fatores psicológicos, muitas vezes relacionados com questões profissionais ou com determinadas situações que provoquem algum estresse.

Diferente dos exames geralmente solicitados para dor lombar, como radiografia, tomografia e ressonância magnética, a termografia tem alta correlação entre os achados clínicos e os de imagem, mais de 90%. É um exame funcional complementar que auxilia o médico a entender a dor do seu paciente por meio de um mapeamento termoguiado da área de dor e da área inflamada, confirmar a hipótese diagnóstica, fazer um planejamento terapêutico e até mesmo avaliar a resposta ao tratamento. Existem muitos procedimentos novos no tratamento da dor lombar como a rizotomia por radiofreqüência e os bloqueios facetários e de gânglios simpáticos. A indicação e o sucesso destes procedimentos dependem de uma correta localização da origem da dor, e a termografia é um meio cada vez mais utilizado por estes especialistas.  Além de ser um exame totalmente seguro, sem radiação, sem contato, sem contraste e sem contra-indicação, isto é, pode ser realizado em gestantes, idosos e crianças.

REFERÊNCIAS

Dor: Princípios e Práticas. SBED, 2009.

Fonte: Mundo sem dor – http://bit.ly/13fC6kp